TEXTOS COLOSSENSES 1: 13 – 23; 3:18, 19; EFÉSIOS 5:22-25
INTRODUÇÃO
O que veremos nesta palestra?
1.
Quatro verdades eternas que acredito serem fundamentais para a
compreensão do relacionamento conjugal e entendermos a razão da fidelidade no
casamento
2.
Discutir duas palavras na bíblia que no meu entender resumem a questão de
fidelidade
3.
Ver fundamento, razão e modelo de fidelidade
4.
Aplicar algumas destas verdades para o casamento.
VERDADES DE VALORES ETERNOS - COLOSSENSES 1: 13-23.
I. PRIMEIRA VERDADE (CL 1:21)
Revela o nosso passado, num tempo em
que não ainda não tínhamos a salvação em Cristo.
Naquele tempo os nossos pensamentos e
atitudes não eram tão dóceis e submissos a Cristo.
Éramos estranhos em relação as coisas
de Deus. Isso independia se éramos boas pessoas ou não, naquele tempo, antes da
salvação, não éramos amigos de Deus; éramos pecadores estranhos a Deus e
mostrávamos isso com os nossos pensamentos e atitudes.
APLICAÇÃO: A
realidade de que somos pecadores, ainda que redimidos, nos faz pensar em uma
coisa importante. Você sabe com quem se casou? Com um(a) pecador(a). Isso já
responde a razão de muita coisa problemática no casamento; o seu cônjuge não é
apenas imperfeito, é pecador. Mas você não está com essa bola toda não, é
pecador(a) do mesmo jeito.
Vamos para alguns exemplos:
1. Se dois pecadores não convertidos
(homem e mulher) se casarem, então serão dois pecadores estranhos a Deus em
pensamentos e em atitudes que se unirão. Deus é capaz de abençoar este casamento?
Sim! Porque? Porque o casamento é instituição divina para o homem e a mulher e
isso não depende se estas pessoas servem a Deus ou não.
2. Se dois pecadores, um convertido e
outro ainda não, se casarem (o que entendo que segundo a bíblia não é
aconselhável), então teremos a união de um pecador com mente dócil à Deus com
outro de mente hostil ao Senhor. A união destes dois tipos de pensamentos vai
trazer grandes dificuldades na vida a dois. Se este for o seu caso, mesmo que
você tenha se convertido depois do casamento, o conselho não é separação e sim
oração.
3. Se dois com mentes convertidas a Deus
se casarem, isso os livra dos embates no relacionamento conjugal? Não! Porque?
Porque foram dois pecadores que se uniram, entretanto, ambos se posicionarão
como suporte ao outro para caminharem juntos na presença de Deus.
II.
SEGUNDA VERDADE (CL 1: 15, 17, 18):
Esta verdade nos mostra um tempo em
que nada e ninguém existia, a não ser Deus. Quem mais está presente? Cristo. E como
podemos descrevê-lo?
v. 15 = imagem do Deus invisível, ou
seja o próprio Deus
v. 15 = o primogênito de toda a
criação, ou seja alguém que tem o lugar de destaque diante de toda a criação de
Deus e que recebeu o domínio sobre todas as coisas.
v. 17 = eterno e que sustenta todas
as coisas. Toda a criação é sustentada por Cristo.
v. 18 = tem primazia em todas as
coisas. Primazia significa dignidade e prioridade. Isso significa que Deus o Pai
fez de seu Filho Jesus Cristo o único que é digno de ter a Criação sob seu controle
e que exerce prioridade em tudo e em todos.
APLICAÇÃO: Então vamos pensar um pouco mais!
1. O casamento está dentro do contexto da
criação de Deus lá em Gênesis? Sim!
2. Cristo exerce destaque e governo
sobre toda a criação? Sim!
3. Sendo assim é correto afirmar que o
casamento de um homem com uma mulher pertence a Cristo? Sim, é correto.
4. Mas, nos submetemos a isso ou conduzimos
o casamento do nosso jeito?
O que podemos perceber nesta segunda
verdade de valor eterno é que Cristo é Deus e Senhor da vida conjugal.
O que isso implica? Implica em dizer
que o casamento deve ser seguido pelo homem e pela mulher debaixo do governo de
Cristo. Quem é o cabeça maior da família não é o homem, mas Cristo. A liderança
do homem deve estar sujeita a liderança de Cristo. Sobre isso veremos mais à
frente.
III. TERCEIRA VERDADE (CL 1: 13-15, 20, 21).
Esta verdade apresenta um
acontecimento no passado que tem repercussão no tempo presente. Esta verdade de
valor eterno nos mostra o que Cristo fez por nós. Vamos ver como Paulo a
descreve:
v. 13. Cristo nos libertou;
v. 14. Cristo nos redimiu;
v. 15. Cristo nos fez ser igreja. Não
apenas nos colocou numa igreja, mas nos fez ser a sua igreja.
v. 20. Cristo nos deu a paz mediante
a sua morte.
v. 21. Mediante seu sangue ele nos
reconciliou, nos fez santos e justificados.
O que vemos nesta verdade é a
realidade de quem somos em Cristo. Toda a triste situação da primeira verdade,
em que nos mostra hostis a Deus, foi retirada e, uma nova realidade se
descortinou diante de nós. Em Cristo somos um povo redimido, amado, liberto,
perdoado, justificado, reconciliado e ligado à ele em uma união tão intima que
somos seu corpo nesta terra.
APLICAÇÃO: Então
a convivência conjugal de duas pessoas que estão em Cristo deve ser pautada por
esta nova realidade. Não podemos conduzir o casamento baseados em uma vida antes
de Cristo. A vida a dois deve refletir que Cristo está em nós.
E isso nos leva a quarta e última verdade.
IV.
QUARTA VERDADE (CL. 1:9 -12, 23).
Esta verdade fala do tempo presente.
Ela nos diz como devemos viver nesta terra uma vez que Cristo nos salvou. Como
deve ser a nossa vida? Que atitudes demos ter? Vejamos algumas:
v. 9 = devemos conhecer a vontade de
Deus
v. 10 = devemos viver de modo digno
do Senhor
v. 11, 23 = devemos ser perseverantes
no Senhor
v. 12 = devemos ser gratos ao Senhor
APLICAÇÃO:
1. Então se aplicarmos essa verdade para
o casamento, é correto afirmarmos que o casal deve conduzir seu relacionamento
sempre buscando a vontade de Deus;
2. Também é correto afirmar que viver de
modo digno é também tratar o cônjuge com dignidade;
3. Implica também afirmar que,
perseverar no Senhor é perseverar em sua vontade, com isso, a perseverança no
casamento deve ser desejada por ambos os cônjuges. Divorcio nunca deve ser a
grande solução para o relacionamento conjugal.
4. Por fim podemos aplicar dizendo que
ser grato a Deus pelo marido e pela esposa é sinal de vida cristã. Quantos homens
e mulheres murmuram dia e noite contra seu cônjuge. Agora, quantos cônjuges dão
motivos para murmurações. Não murmuremos, mas também não sejamos razão de murmurações.
Sejamos homens e mulheres gratos ao Senhor. Sejamos gratos a Deus pelos nossos
casamentos. É possível que a toalha molhada fique na cama e que algum dia o
feijão fique salgado mas nem por isso devemos ser ingratos. Diga de coração “obrigada
Senhor por meu marido” e, “obrigado Senhor por minha esposa”.
Colossenses 3: 18, 19 e Efésios 5: 22 – 25
Para quem Paulo escreveu estas
palavras? Quem são estes maridos e estas esposas? São pessoas que foram por
Cristo libertas, perdoadas, santificadas e redimidas.
É claro que, como o casamento é de
Deus, as normas para o casamento são para todos os casais, independentemente de
serem cristãos ou não mas, se você é cristão, pesa sobre sua vida maior
responsabilidade, pois Cristo já te libertou do poder do pecado.
Há duas palavras nestes textos em que o homem e a mulher deve
ser fieis (exercer fidelidade) no seu cumprimento.
1. A primeira palavra é submissão, e ela
foi dirigida às esposas.
2. A segunda palavra é amor, e foi dirigida
aos maridos.
Há uma pessoa central neste casamento. Quem é? Cristo é central no casamento. Vejam
que tanto a submissão como também o amor tem Cristo como o centro do seu
cumprimento.
ü As esposas = submissas ao marido como
ao Senhor
ü Os maridos = amar a esposa como
Cristo amou a igreja.
O que percebemos é que a fidelidade
no casamento tem antes a ver com Cristo mais do que com o cônjuge.
Sabem porquê? Pensem um pouco comigo.
E se por alguma razão o cônjuge for infiel? Devo também ser infiel? Não!
Porque? Por causa de Cristo.
Submissão e amor são as duas palavras
chaves para um relacionamento conjugal fiel e consequentemente estabilizado e
feliz.
É interessante porque estas duas palavras estão presentes na
vida de Cristo.
1. Sobre a submissão, ele foi submisso
ao Pai sem todavia ser inferior.
2. Sobre o amor, ele nos amou e deu a
sua vida por nós.
Há duas palavras malignas que corroem a fidelidade no
casamento, são elas: MACHISMO E FEMINISMO.
APLICAÇÃO: Mulheres
que disputam com o marido a liderança do lar e maridos que tratam a esposa com
prepotência, punhos de ferro e brutalidade, são pessoas que estão exercendo
infidelidade à Cristo e onde há infidelidade a Cristo o casamento não vai bem.
Três perguntas:
PRIMEIRA PERGUNTA: QUAL O FUNDAMENTO DA FIDELIDADE CONJUGAL? Resposta: Cristo.
Cristo deve ser o alicerce das nossas
vidas para que possa ser também o alicerce dos nossos casamentos. Se Cristo nos
perdoou, salvou e trouxe a paz, então, alicerçados em Cristo podemos ser fieis,
perdoadores e promovedores de paz no casamento.
Nossos casamentos devem estar EM CRISTO.
SEGUNDA PERGUNTA: QUAL A RAZÃO DA FIDELIDADE NO CASAMENTO? Resposta: Cristo.
Ele tem a primazia em tudo, deve ter
também no casamento. Um casamento em que os cônjuges são fieis é um casamento
em que ambos pensam antes em Cristo quando estão prestes a fazer alguma bobagem.
Nossos casamentos devem ser PARA CRISTO.
TERCEIRA PERGUNTA: QUAL O MODELO DE FIDELIDADE PARA O CASAMENTO? resposta: Cristo.
O casal deve imitar a Cristo para que
flua fidelidade conjugal. Imitar em amor e em submissão.
APLICAÇÕES PARA A VIDA CONJUGAL
1.
Tenha a certeza de que o seu casamento pertence a Cristo. Não importa se
seu casamento foi feito por um pastor, ou um padre, ou se ainda não casou no religioso,
mas apenas no civil. Vocês estão casados e não devem entregar este casamento a
nenhum outro senão à Cristo.
2.
Por questões e fidelidade à Cristo, caso exista aqui alguma situação de
casamento ainda não regularizado junto ao cartório e a igreja, procure
orientação do seu pastor para que ele possa te aconselhar no que pode ser
feito. Busque a fidelidade a Cristo no seu casamento.
3.
Os pecados de infidelidade podem ser perdoados por Cristo (Cl 1:14). A
infidelidade no casamento é infidelidade a Cristo. Se houve algum tipo de
infidelidade, inclusive na área sexual, saiba que houve transgressão ao cônjuge
e a Cristo. Ele perdoa quando há arrependimento. O que fazer? Antes de qualquer
coisa é preciso pedir perdão a Cristo e, depois oriento buscar ajuda do seu
pastor e, que faça isso em oração pedido que Deus guie o seu pastor no aconselhamento.
4.
Mulheres, não disputam com seus maridos a liderança do lar. Sejam sábias,
sejam fieis a Cristo.
5.
Maridos, não tratemos as esposas com amargura e nem tão pouco deixemos de
exercer a correta liderança da família. Sejamos fieis a Cristo.
6.
Maridos e esposas, mantenham no lar um ambiente de adoração a Cristo.
Sejam fieis em levar a sua família a pensar em Cristo (Cl 3:1). Maridos,
essa responsabilidade é nossa, mulheres vocês devem, ajudar nisso.
7. “...Cristo em nós, esperança da glória (Cl 1:27). Há esperança em Cristo para o casamento. Se existe
aqui algum casamento prestes a ser desfeito, creia que existe esperança; Cristo
é a esperança. Esperança para a mulher que ora desejando ver a salvação do seu esposo;
esperança para o marido que se preocupa com a situação do lar. Cristo ama a
família e com certeza não desampara um casal que reconhece ser Ele, o cabeça do
lar. Entregue seu lar à Cristo, deixe a bíblia conduzir a sua casa. Não siga os
padrões do mundo e desta sociedade que tem a cada dia formulado ideias contra a
família. O casamento é de Deus e deve ser sempre para Ele. Amém.
PALESTRA TRANSMITIDA EM PRÉ ENCONTRO DE CASAIS NA IBC - KOINONIA EM SETE LAGOAS/MG
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